Brasília, 12 de janeiro de 2015
Ouça Avião do Djavan
'Pode quebrar, sofrer, cair, descer, contorcer de dor
Não vou mais me prender a você, fazer o mesmo show
Vou bater na porta da vida, receber e pagar
Sem ter que me entregar a ninguém, nem me conformar com pouco
Eu quero a paz e viver solto
Vai dizer que sou outro, sou não
Eu me cansei de ser seu avião não vou voar não
Dessa vez...'
Bom dia, D.!
Há tempos não te escrevo, não é mesmo? Tenho pensado muito pouco em você. O tempo é implacável e deu um jeito de apagar muita coisa sua que ainda estava em mim. Não sinto mais sua falta. Mas ontem sonhei contigo, acredita?
No sonho você me mandava uma mensagem, como se nada tivesse acontecido e dizia que queria me ver. Isso o tempo não apagou. Você sempre agiu assim. E eu, mesmo sem vontade - só por vício ou posse- disse sim mais uma vez e fui te ver. Acordei antes de qualquer encontro - ainda bem.
D., gostei tanto de você. Fiz planos de passar noites calorosas, de descobrir cada amanhecer naquele quarto tão claro, de te abraçar no entardecer... Meus planos eram possíveis e simples, eu sei. Mas parece que simplicidade nunca foi seu forte.
D., eu me contentaria em fazer nada com você - porque qualquer coisa já seria tão bom só de ter sua companhia. Você não quis. Você não quer... Obrigada por ter sido tão seco comigo nesses últimos meses.
Essa sua secura de alma me fez ver que nossas almas são opostas. Sim, somos geminianos. Nosso signo é de ar. Mas você é brisa e eu sou redemoinho. Meu ascendente é gêmeos também. Isso me torna um furacão de sentimentos.
Seu ventinho não me apetece mais. Eu gostava de te escrever, mas agora há um tornado lá fora me esperando.
Desejo que se encontre!
Consideração daqui.
Beijo
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