quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Calma!



Brasília,  09 de dezembro de 2014

Te acalma, coração! 

Decidi te escrever porque tenho visto toda essa inquietação. Você é muito confuso. Diz que não quer mais se quebrar, que é forte e outras dezenas de mentiras. Aí, como num passe de mágica você decide amolecer de novo. Agora está aí todo bobo, parece até que voltou a ser adolescente.  

Você anda tão desconcertado que mexe com o corpo todo. Deixa as pernas bambas e o estômago cheio de borboletas. Agora sei qual é a sensação de borboletas no estômago. Coração, seja paciente! Tudo tem sua hora. Ok, parece tão clichê... mas é verdade.

Tenha calma que tudo ainda vai se resolver...

Te desejo um amor pra vida toda!


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Com carinho para B



Brasília,  30 de novembro de 2014

Oi, B.! Como você está? Chuvinha boa essa de hoje, não? Sabe, tava pensando que desde que você chegou o céu decidiu molhar a cidade. Você trouxe a chuva, B.! E eu nem me importo,  fui com a sua cara bem antes de trocar qualquer palavra contigo, muito menos esses olhares tão desconcertantes que às vezes acabam esbarrando com os seus.

Dezembro já quer assumir o calendário e,  assim como te recebi em festa, aceito esse mês tão engordativo com muito amor e esperança de dias surpreendentes pra nós. Digo nós no sentido de pra você e pra mim. Não necessariamente pra nós, assim como 1 apenas.  Não que eu não queira, enfim... acho que você entendeu. 

B., amanhã é segunda-feira e eu conto as horas pra ficar perto de você. Só ver mesmo, te olhar de longe, dizer um "oi" assim meio tímido e depois responder com um sorriso nos olhos e o coração acelerado. 

B., você sorri com os olhos e isso é tão raro hoje em dia. 

Eu nunca acreditei em amor ou paixão à primeira vista. Mas senti empatia logo de cara. Não estou apaixonada, muito menos já estou te amando. Não sei dizer ao certo, mas fui muito com sua cara. Não sei o que é porque nunca tinha acontecido comigo.  

É empatia. É vontade de saber mais sobre você. É carinho por um estranho. É me sentir extremamente abraçada quando você me olha. E é algo puro também, singelo... parece que te conheço de outras vidas. 

E eu agradeço à vida por te trazer de volta.  É como se ela dissesse: " eu te avisei que ele ia voltar... Viu só? Ele chegou! "B., acho que ainda vou te escrever muitas cartas.

Com carinho e um abraço quente 

Luana

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Terça-feira triste





Brasília, 25 de novembro de 2014

Ouça Amor Puro do Djavan

Às vezes o dia engole a gente. A terça-feira assumiu sua forma fria e cinza. B., há um vazio imenso dentro de mim. Tenho a sensação de que estou vivendo a vida de outra pessoa.

As peças não se encaixam e me sinto um quebra- cabeças perdida nessa imensidão de lego. Invento paixões para levar o dia com algum ânimo.  

Até que consigo me enganar por alguns dias e pronto. Aquela vida pesada e chata me dá tapas na cara e parece gritar: ACORDA! FELICIDADE NÃO É PRA VOCÊ! 

E eu desperto. 

Acordo porque preciso reagir,  levanto pra tentar sobreviver.  

B., hoje me permiti tomar um banho de chuva. Molhei meus pés, mesmo de salto alto. As gotas de chuva irritaram minha pele... mas foi bom,  B., pelo menos alguma coisa viva tocou meu rosto... Senti vontade de chorar, mas a chuva fez isso por mim ao lavar meu corpo.  


Talvez eu pegue um resfriado, talvez não me aconteça nada. Eu só queria dizer que se ainda tenho coragem pra escrever, só escrevo por você.
  
Ps. B., como é bom saber que a vida te trouxe de volta. Implacável destino! 


Beijo com gosto de lágrima... 


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

"Sei quem é você"



Brasília,  18 de novembro de 2014
Ouça Beyoncé,Broken-hearted Girl 


Boa noite, J.! Hoje escrevo pra você. Depois de anos sem qualquer contato civilizado,  hoje,  logo hoje que foi tudo estranho,  termino o dia ouvindo sua voz. Eu até tentei te tratar como um desconhecido, mas você estraçalhou meu orgulho - e medo - ao dizer claramente "sei bem quem é você! E você me conhece bem e há muito tempo!" 

Confesso que senti um tom meio ríspido, mas logo seguiu e soou leve quando seu R tão puxado se sobressaiu. Eu sempre gostei do seu sotaque. Você bem sabe,J. 

Me vi meio balançada, trêmula até. Estranho,  não? Foi tão doloroso te deixar ir, te perder de vista. Como sofri com tanta indiferença! Sei o quanto te fiz sofrer também. 

Errei. Errei feio com você, J. Foram meses difíceis. Você ainda faz muita falta... ainda guardo seu rosto, pequenos detalhes, como as covinhas marcadas e as sobrancelhas definidas. 

Eu pensava em você todos os dias. Hoje não mais. Lembro, às vezes. Principalmente quando toca Linkin Park, Rihanna ou Beyoncé (Broken-hearted Girl)... Não conhecia essa música. Aí aquela noite você disse pra eu prestar atenção na letra e eu me transformei na tal garota de coração partido. 

Sabe, J., nunca consegui juntar todos os cacos. Virei meio pedra, meio vidro pontiagudo... sempre me machuco e sangro. 

J., sempre te quis bem. Mesmo no meu ápice de falta de lucidez, eu te quis feliz. Já é tarde e estou bem cansada. Acho que falei demais hoje. 

Mas de tudo isso, descobri que X., variável por natureza, pode ser substituído por J., A., W.... Mas você, J., aconteça o que acontecer, vai ser sempre o JJ que tanto quero bem.

Bons sonhos!

"You're everything I thought you never were
And nothing like I thought you could've been
But still you live inside of me
So tell me how is that..."

P.s.: Sinto falta do seu abraço.

Com carinho,  Lu

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Sem você



Brasília, 12 de novembro de 2014

Ps.: Ouça Zizi Possi, Sem Você.

X, sinto que já estamos tão afastados. Agora acho que não tem mais volta mesmo. Uma pena,  porque continuo sentindo aquele frio na barriga só de pensar em te encontrar.

Exatamente como quando caminhava em direção ao elevador do seu prédio e apertava o 12, assim como na música All Star. É, eu sempre quis continuar aquela conversa... acabou ficando pra outro dia e nunca mais. 

Por incrível que pareça hoje estou sem sono. Você sabe como adoro dormir. Mas é que hoje tem uma dorzinha que está me incomodando desde cedo. É a certeza de que agora acabou pra valer. 

Me dói a sensação de te ver partir, sumir de dentro de mim.  Às vezes congelo meus olhos em alguma foto sua só pra não te apagar das minhas retinas. 

Sinto sua falta todo dia.

Ensaio um oi qualquer pra puxar papo e apago. Não mando. Não mando mais. Eu sei quando não sou bem-vinda.

X, penso em você sempre que vou dormir. Talvez você já tenha me esquecido - se é que um dia já lembrou de fato - ou quem sabe pra você eu seja apenas uma vaga lembrança. 

Enfim, não sei dizer ao certo. Apenas saiba que todos os dias desejo que coisas boas aconteçam com você.  


'Eu gosto de ficar só
Mas gosto mais de você

Eu gosto da luz do sol

Mas chove sempre agora... Sem você '
Zizi Possi, Sem você.


Amor daqui



Beijos






domingo, 26 de outubro de 2014

Ninguém




Brasília, 13 de Maio de 2014

(Bote Leoni pra tocar. O som é Por que não eu) 


Tenho passado os dias como quem não espera nada da vida. Acordo tarde, perco a hora, os compromissos, só chego atrasada. Dormir virou meu melhor passatempo.  

Nem sei se sonho ou tenho alucinações. A memória já não é a mesma. Nada mais me apetece. Tenho pensado em você. Na verdade,  penso em você diariamente.  

Às vezes sinto saudade, outras vezes não sinto nada. Muitas vezes só penso mesmo. Há meses não escrevo. Sinto vontade de desabafar, mas as palavras estão cada vez mais escassas.  

Os sentimentos vêm como uma avalanche. Difícil suportar o baque. Mas sou forte,  tenho sido forte... Tão clichê, mas a vida segue. 

Deveria seguir, pelo menos..

Eu fiquei estagnada. Há muito tempo estou parada no vácuo do que não foi. Espero alguém ou algo que me tire e me traga de volta pro mundo real. Quem?  

Ninguém faz isso.

Tenho plena consciência que vagarei perene nesse breu. Talvez eu mude de cidade, de estado, de país... Todo dia acordo e quero estar em outro lugar. Ver pessoas diferentes, lugares diferentes, ser uma estranha num lugar estranho.  E não essa estranha no mesmo espaço de sempre. 

Quero não estar... mas estou. 

Hoje a tristeza me consome, suga toda e qualquer pitada de alegria ou cor do meu dia. É terça-feira, deve ser isso... Apesar do sol lá fora, todas as terças são cinzas. O dia vai fechar,  assim espero.


Saudade, X.!

Luana

Vai






Brasília, 13 de Agosto de 2014

('Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Mesmo não sabendo amar...'
Caio Fernando Abreu)

Te deixo ir. Liberto você daquilo que fiz de prisão aqui dentro de mim. Ninguém é dono de ninguém e cada um sabe o bem - ou mal - que o outro faz.

Ficamos não porque temos consideração ou pena, a gente só fica quando o conforto é uma constante, não uma raridade. Não vou dizer que é fácil te deixar livre. De fato, nunca é fácil desistir do que se quer. 

Você desistiu de mim de forma seca e firme. Você não mais me queria, mas sabia exatamente o que queria começar - com outra - e já sabia há tempos.  

Me disse sim que ecoou em centenas de nãos. Os nãos sem vírgulas, pontos, exclamações,  sem reticências... Eles ainda estão soltos na minha cabeça, mas vai passar. 

Espero que você encontre abrigo e conforto num novo coração que te ame. Te desejo reciprocidade. Desejo que esse novo lar devolva teu sorriso, coisa que eu nunca  consegui tirar desse abismo que você carrega.  

Desejo boas noticias pra você, pra mim, pra nós...

Luana

Você está feliz?






Brasília, 03 de Setembro de 2013
(Ouça Lounge, Maria Gadu)

Mande boas notícias, X.!  

Aqui sou eu, aquela mulher um pouco séria, que ficou muda inúmeras vezes ao seu lado. Continuo com minha timidez secreta, se é que é possível manter uma timidez secretamente.

 
Espero que esteja bem e feliz. Viajou? Já voltou? Ou nem pensa em voltar mais? E os vinhos? Sempre que abro uma garrafa lembro de você. E, claro - inevitavelmente - lembro da taça quebrada.



Foi uma noite agradável. 



Você está feliz? Desejo que esteja feliz e com um sorriso nos lábios. Ainda faz vídeos de você cantando sozinho? Me manda um vídeo qualquer dia. Acho que você leva jeito pra dublagem... rs



A diarista parou de lavar suas cuecas na máquina? Aquelas bolinhas incomodam, né?  E o gato, como está? Engraçado, nunca tive vergonha ou pudor algum de você, mas tinha uma certa preocupação com o gato. 


Sei lá, ele ficava olhando a gente. Sabe lá o que se passava pela cabeça dele. Sinto falta de jogar conversa fora com você. 


Desculpe se apareci assim de repente.  É que hoje a saudade quer explodir dentro de mim.


 
Desejo boas notícias! 


'Vamos prum lounge
Beber um vinho safra ruim
E conversar sobre a tv

Vamos pra longe
Sem se tocar os olhos vão
Se encontrar e se perder'


Sinto sua falta, X.!

Luana

Me faz bem






Brasília, 15 de Setembro de 2013


Para X. com muito carinho.

Você me melhora
Você fala e seu discurso me faz bem
Diz tudo que eu já sei
Mas gosto mesmo é de ouvir de você
Não precisa estar perto
Me faz bem a quilômetros de distância
Não sei se sabe ao certo
Mas se soubesse,  viria me ver
Não faz ideia de como me sinto
Quando estou com você.



'Eu queria que em um dia qualquer, você chegasse de fininho, me abraçasse apertado e dissesse: Senti sua falta.'
Caio Fernando Abreu


Te adoro em tudo, 

Luana


Coração partido






Brasília, 17 de Setembro de 2013
(Broken-hearted Girl - Beyoncé)


Tenho muitas coisas pra falar. Acho que dá pra encher uma página. Silencio, apenas. Fico calada porque tudo que eu disser será pequeno perto do que sinto neste momento. 


X., estou arrasada!


'You're everything I thought you never were
And nothing like I thought you could've been
But still you live inside of me
So tell me how is that...'


Extremamente triste,

Luana

Arrependida






Brasília, 17 de Setembro de 2013

Eu te preparei a melhor parte de mim. Esperei pra te ver, sentir, respirar você. Mas você não entendeu. Não foi capaz de compreender e me desmontou inteira quando ofereceu excesso de luxúria.  

Pisou no que eu sentia enquanto fazia seu jogo. Jogo sujo, você bem sabe, X.! Me destruiu ao não saber o que dizer diante da minha sinceridade. 

X., enquanto você está aí fazendo sabe lá o quê, cá estou sem sono. Completamente arrependida da exposição sentimental e ao mesmo tempo me culpando por ter dito não. Como pude dizer não? 

Você me pediu em namoro, lembra? Pelo WhatsApp, X.? Que insensível! Nem pensei direito e disse não. Meu coração falou por mim. E eu acatei. Sempre aceito o que ele me diz. Vou tentar dormir, mesmo sabendo que amanhã o dia vai ser cruel.

X., sou forte... Mas de cruel já basta você!

'E de repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso é o seu lado certo.'
Caio Fernando Abreu


Arrependida,

Luana

Tempo








Brasília, 21 de Setembro de 2013


Perde- se tempo com a falta de tempo
Perde- se tempo com quem te faz perder tempo
Perde- se muito com a falta de amor
Ganha- se nada nessa corrida em vão



Ps.: X., se eu pudesse voltar no tempo... Sabe, te diria sim. 


'Acontece que entre o 'ainda não é hora' e 'nossa hora chegou', muita gente se perde. Não se perca, viu?'
Caio Fernando Abreu

Bem arrependida, 

Luana

Poucas palavras






Brasília, 27 de Abril de 2014
(Onde Deus Possa Me Ouvir, Vander Lee)

Acordei com vontade de te dizer algumas palavras, X. São tantas coisas que não sei nem por onde começar. 

Não sai!

Resumo do meu dia, X.:

Escreve,  escreve,  escreve... Apaga tudo. O domingo está congelado. As horas já não são horas, parecem dias! E tudo segue nublado. 

Me faltam as palavras, já a saudade transborda!

'Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.'


Sinta-se beijado,

Luana

Chora!





Brasília, 19 de Março de 2014
(Cartola para chorar mais. A música é Disfarça e Chora)

X.,

que tristeza! É preciso recomeçar. Ter de volta aquela vontade de sair em busca de tudo de novo. Difícil... 

Desapegar. Meu Deus, me ajude a aprender o exercício do desapego. A tristeza se instalou de vez no meu peito. 

Um choro incontrolável insiste em se derramar. E choro. Vai passar. Tento me convencer de que foi a melhor escolha. Será?  Não dá pra dizer agora. 

Neste momento milhões de dúvidas me atacam. Dói. Essa é a única certeza de hoje. Amanhã talvez eu sofra mais e assim os dias vão passando. 

X., vai passar. Preciso acreditar. 

'Disfarça e chora
Todo o pranto tem hora
E eu vejo seu pranto cair
No momento mais certo
Olhar, gostar só de longe
Não faz ninguém chegar perto
E o seu pranto oh! Triste senhora
Vai molhar o deserto
Disfarça e chora...'

Cartola, Disfarça e Chora

Saudade sem fim,

Luana


Tá combinado





Brasília, 12 de Fevereiro de 2014
(Para ler ao som da Gal. Ouça Tá combinado)


Como quem nada espera, novamente, aqui estou, sou e vou. Tenho mantido um ar de tristeza.  Talvez, decepção me defina melhor. Disse, repeti - e menti- dezenas de vezes sobre meu desinteresse amoroso. 


De fato, a princípio, eu nada queria. Cansada de tantas expectativas e palavras mentirosas, o que eu mais desejei antes de te encontrar foi apenas um caso ao acaso, um conto, um haikai.  

Não sei como esse conto pode dar errado. Personagens superficiais, encontros banais,  fomos tão normais até. Tínhamos tudo para um conto perfeito. 

Sabíamos desde o início o interesse de ambos. Tudo sempre esteve muito claro, escancarado,  evidente. Ninguém enganou ninguém. Te disse pra seguir livre, mesmo querendo dizer o contrário.  Você me respeitou, X. Reconheço.

Acontece que eu estraguei cada frase desse pseudoconto. Desde o primeiro dia ao último. Enquanto seus olhos me devoravam naquela creperia, eu guardava milimetricamente cada traço teu. 

Simplesmente, fiz questão de decorar seu jeito, sua voz, a forma como me olhava, um tanto incomodado com meu silêncio depois do amor. Amor? Não... só maneira de dizer. Eu só ficava muda porque estava em choque.  

Agora você me entende? Eu não podia estar me apaixonando por você! E só me dei conta disso quando percebi que nada, absolutamente, nada em você me incomodava.  

Me perdi entre tantas palavras, rimas, quartetos e tercetos de um soneto que fiz só pra você. Há tempos não escrevia, X... Você foi além do desejo, você mexeu comigo e bagunçou minhas palavras.  

Não te peço nada, não espero que nada aconteça. Minhas palavras agora são tristes,  mas não importa. Melancolia já faz parte de mim. Saiba que você ainda me inspira. 

Desejo boas notícias! 

Ps.: É uma pena, mas o amor só chegou pra mim. 


'Então tá tudo dito e é tão bonito
E eu acredito num claro futuro
De música, ternura e aventura
Pro equilibrista em cima do muro...' 
Tá Combinado, Gal Costa.

Meus beijos,

Luana 



Desejo boas notícias





Brasília, 30 de Outubro de 2013
(Ouça Mais Ninguém- Banda do Mar)

'Preciso me ver só
Pra me fazer maior
Pois quando você vem
Eu fico melhor...'

Desejo boas notícias, X.  Nada mais sei sobre você, muito menos sobre sua falta de crença no amor. Talvez esteja vivendo só, como você tanto gosta e faz questão de dizer como é bom viver sozinho.  

Desejo que a palavra superficialidade seja banida do seu vocabulário, da sua vida. Experimente sentir profundo, gostar inteiro,  desejar intensamente. Tente viver o que você de fato é.  

Viva o que quiser, sinta inteiro qualquer sentimento, sinta por qualquer pessoa. Não pense na reação alheia, os outros vão sempre criticar mesmo, X. Então, assuma o que você é. 

É difícil, mas tente.

A vida é só uma e passa tão rápido. Clichê, eu sei, mas é verdade. Aprenda a dizer não e coloque pontos finais nas suas relações. Escute, ouça mais. Se não souber responder, fique mudo, mantenha-se em silêncio. 

X., por favor, não diga nada. Só não seja monossilábico. Isso incomoda e de certa forma parece até descaso e falta de interesse.

Ah, só mais uma coisa. Quando você for sair com alguém, deixe a preguiça trancada ou então, coloque- a no bolso e jamais deixe- a à mostra...

X., você faz falta demais.



Com o amor de sempre, 

Luana

sábado, 25 de outubro de 2014

Nada mudou



Brasília, 25 de Outubro de 2013
(Acho que você não curte, mas ouça Marcelo Camelo. A música é Janta.) 


Ei,X.! Nada está no lugar. A vontade existe,  é verdade. Mas a ausência de profundidades me entorpeceu. Aprendi a receber pouco, a exigir quase nada, a querer sempre menos. 

Às vezes não me reconheço da maneira como estou neste exato momento. Sinto minha essência se perdendo aos poucos. Não acho legal. 

Tenho me acostumado com a saudade sufocada.  Viciei nessa coisa de solidão. E por ficar tão só, já não sei se te quero de fato aqui perto. Acho que a gente só de dá bem assim de longe...


Ps.: Escrevi essa carta há um ano e nada mudou. Então, não vou escrever nada hoje. Tudo ainda é muito válido!


Um cafuné bem gostoso, 
Luana

Onde está você?





Brasília, 01 de Outubro de 2013 
(Dá vontade de dançar, mas ouça Onde está Você?, na voz da Mariana Aydar.)


Oi, X., você está bem? O frio sempre me lembra você. Outubro chegou chuvoso. Trouxe melancolia pro meu dia. Deixou minha saudade nublada, cinza, sem graça, como deve ser. E não te esqueço.


Acordo como quem não dormiu. Permaneço em silêncio. Não ouso falar, insinuar ou mesmo escancarar de vez essa falta absurda que você provoca.

X., já não consigo chorar. Sigo anestesiada e imune a qualquer sofrimento que me machuque o coração. Sinto e sei que é bom. Desfruto esse bem querer.

Você aparece sempre quando mais preciso. Por mais que eu queira muito mais, gosto e me faz feliz saber que você ainda pensa em mim.

X., não me esqueça!


Sempre querendo te ver,

Luana

É o que você faz





Brasília, 18 de Setembro de 2013
(Esse poema pede Luxúria, Isabella Taviani. Ouça!)

X., a carta de hoje é em forma de poema. Só pra mudar um pouquinho... 



Me arrasta, corta, arranha,  cospe, lambe, me come! 


Esfrega, esquenta, amassa, rasga, chupa e me consome. 

Tumultua, vasculha, invade, explode, sacode e faz folia em mim.

Bagunça, vandaliza, picha,  arranca,  me desmonta inteira! 

Descarrega, entrega, se nega, me larga na estrada.

Se omite, some, foge, se esconde e me deixa abandonada. 

Não finjo!

Digo e repito : quero você mesmo assim.


Meus melhores beijos,

sua delícia.


Quem entende?




Brasília, 18 de Setembro de 2013 
(Você pode ouvir Céu Azul, do Chalie Brown Jr.?)



X., a noite segue fria. Tento te encontrar. A busca é inútil. Me perco dentro de você. Vejo teu rosto numa foto, barba por fazer e sigo com uma certa melancolia de coisas que poderiam ser.

Nada vai, nada é e sabe lá o que seremos um dia. Guardo teu rosto no melhor lugar da minha memória. 

X., por você, cultivo um sentimento leve.

Gosto do que sinto. Só não acho bom quando você some. Não precisa retribuir com absolutamente nada. Me acompanhe, apenas. Você consegue, X.?

Nem precisa dizer o que pensa. Pode ficar mudo ao meu lado. Também aprecio silêncios. 

Não me entenda, assim como eu nunca vou conseguir compreender seus mistérios. 

Não suma de mim,

Luana