domingo, 26 de outubro de 2014

Ninguém




Brasília, 13 de Maio de 2014

(Bote Leoni pra tocar. O som é Por que não eu) 


Tenho passado os dias como quem não espera nada da vida. Acordo tarde, perco a hora, os compromissos, só chego atrasada. Dormir virou meu melhor passatempo.  

Nem sei se sonho ou tenho alucinações. A memória já não é a mesma. Nada mais me apetece. Tenho pensado em você. Na verdade,  penso em você diariamente.  

Às vezes sinto saudade, outras vezes não sinto nada. Muitas vezes só penso mesmo. Há meses não escrevo. Sinto vontade de desabafar, mas as palavras estão cada vez mais escassas.  

Os sentimentos vêm como uma avalanche. Difícil suportar o baque. Mas sou forte,  tenho sido forte... Tão clichê, mas a vida segue. 

Deveria seguir, pelo menos..

Eu fiquei estagnada. Há muito tempo estou parada no vácuo do que não foi. Espero alguém ou algo que me tire e me traga de volta pro mundo real. Quem?  

Ninguém faz isso.

Tenho plena consciência que vagarei perene nesse breu. Talvez eu mude de cidade, de estado, de país... Todo dia acordo e quero estar em outro lugar. Ver pessoas diferentes, lugares diferentes, ser uma estranha num lugar estranho.  E não essa estranha no mesmo espaço de sempre. 

Quero não estar... mas estou. 

Hoje a tristeza me consome, suga toda e qualquer pitada de alegria ou cor do meu dia. É terça-feira, deve ser isso... Apesar do sol lá fora, todas as terças são cinzas. O dia vai fechar,  assim espero.


Saudade, X.!

Luana

Vai






Brasília, 13 de Agosto de 2014

('Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Mesmo não sabendo amar...'
Caio Fernando Abreu)

Te deixo ir. Liberto você daquilo que fiz de prisão aqui dentro de mim. Ninguém é dono de ninguém e cada um sabe o bem - ou mal - que o outro faz.

Ficamos não porque temos consideração ou pena, a gente só fica quando o conforto é uma constante, não uma raridade. Não vou dizer que é fácil te deixar livre. De fato, nunca é fácil desistir do que se quer. 

Você desistiu de mim de forma seca e firme. Você não mais me queria, mas sabia exatamente o que queria começar - com outra - e já sabia há tempos.  

Me disse sim que ecoou em centenas de nãos. Os nãos sem vírgulas, pontos, exclamações,  sem reticências... Eles ainda estão soltos na minha cabeça, mas vai passar. 

Espero que você encontre abrigo e conforto num novo coração que te ame. Te desejo reciprocidade. Desejo que esse novo lar devolva teu sorriso, coisa que eu nunca  consegui tirar desse abismo que você carrega.  

Desejo boas noticias pra você, pra mim, pra nós...

Luana

Você está feliz?






Brasília, 03 de Setembro de 2013
(Ouça Lounge, Maria Gadu)

Mande boas notícias, X.!  

Aqui sou eu, aquela mulher um pouco séria, que ficou muda inúmeras vezes ao seu lado. Continuo com minha timidez secreta, se é que é possível manter uma timidez secretamente.

 
Espero que esteja bem e feliz. Viajou? Já voltou? Ou nem pensa em voltar mais? E os vinhos? Sempre que abro uma garrafa lembro de você. E, claro - inevitavelmente - lembro da taça quebrada.



Foi uma noite agradável. 



Você está feliz? Desejo que esteja feliz e com um sorriso nos lábios. Ainda faz vídeos de você cantando sozinho? Me manda um vídeo qualquer dia. Acho que você leva jeito pra dublagem... rs



A diarista parou de lavar suas cuecas na máquina? Aquelas bolinhas incomodam, né?  E o gato, como está? Engraçado, nunca tive vergonha ou pudor algum de você, mas tinha uma certa preocupação com o gato. 


Sei lá, ele ficava olhando a gente. Sabe lá o que se passava pela cabeça dele. Sinto falta de jogar conversa fora com você. 


Desculpe se apareci assim de repente.  É que hoje a saudade quer explodir dentro de mim.


 
Desejo boas notícias! 


'Vamos prum lounge
Beber um vinho safra ruim
E conversar sobre a tv

Vamos pra longe
Sem se tocar os olhos vão
Se encontrar e se perder'


Sinto sua falta, X.!

Luana

Me faz bem






Brasília, 15 de Setembro de 2013


Para X. com muito carinho.

Você me melhora
Você fala e seu discurso me faz bem
Diz tudo que eu já sei
Mas gosto mesmo é de ouvir de você
Não precisa estar perto
Me faz bem a quilômetros de distância
Não sei se sabe ao certo
Mas se soubesse,  viria me ver
Não faz ideia de como me sinto
Quando estou com você.



'Eu queria que em um dia qualquer, você chegasse de fininho, me abraçasse apertado e dissesse: Senti sua falta.'
Caio Fernando Abreu


Te adoro em tudo, 

Luana


Coração partido






Brasília, 17 de Setembro de 2013
(Broken-hearted Girl - Beyoncé)


Tenho muitas coisas pra falar. Acho que dá pra encher uma página. Silencio, apenas. Fico calada porque tudo que eu disser será pequeno perto do que sinto neste momento. 


X., estou arrasada!


'You're everything I thought you never were
And nothing like I thought you could've been
But still you live inside of me
So tell me how is that...'


Extremamente triste,

Luana

Arrependida






Brasília, 17 de Setembro de 2013

Eu te preparei a melhor parte de mim. Esperei pra te ver, sentir, respirar você. Mas você não entendeu. Não foi capaz de compreender e me desmontou inteira quando ofereceu excesso de luxúria.  

Pisou no que eu sentia enquanto fazia seu jogo. Jogo sujo, você bem sabe, X.! Me destruiu ao não saber o que dizer diante da minha sinceridade. 

X., enquanto você está aí fazendo sabe lá o quê, cá estou sem sono. Completamente arrependida da exposição sentimental e ao mesmo tempo me culpando por ter dito não. Como pude dizer não? 

Você me pediu em namoro, lembra? Pelo WhatsApp, X.? Que insensível! Nem pensei direito e disse não. Meu coração falou por mim. E eu acatei. Sempre aceito o que ele me diz. Vou tentar dormir, mesmo sabendo que amanhã o dia vai ser cruel.

X., sou forte... Mas de cruel já basta você!

'E de repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso é o seu lado certo.'
Caio Fernando Abreu


Arrependida,

Luana

Tempo








Brasília, 21 de Setembro de 2013


Perde- se tempo com a falta de tempo
Perde- se tempo com quem te faz perder tempo
Perde- se muito com a falta de amor
Ganha- se nada nessa corrida em vão



Ps.: X., se eu pudesse voltar no tempo... Sabe, te diria sim. 


'Acontece que entre o 'ainda não é hora' e 'nossa hora chegou', muita gente se perde. Não se perca, viu?'
Caio Fernando Abreu

Bem arrependida, 

Luana

Poucas palavras






Brasília, 27 de Abril de 2014
(Onde Deus Possa Me Ouvir, Vander Lee)

Acordei com vontade de te dizer algumas palavras, X. São tantas coisas que não sei nem por onde começar. 

Não sai!

Resumo do meu dia, X.:

Escreve,  escreve,  escreve... Apaga tudo. O domingo está congelado. As horas já não são horas, parecem dias! E tudo segue nublado. 

Me faltam as palavras, já a saudade transborda!

'Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.'


Sinta-se beijado,

Luana

Chora!





Brasília, 19 de Março de 2014
(Cartola para chorar mais. A música é Disfarça e Chora)

X.,

que tristeza! É preciso recomeçar. Ter de volta aquela vontade de sair em busca de tudo de novo. Difícil... 

Desapegar. Meu Deus, me ajude a aprender o exercício do desapego. A tristeza se instalou de vez no meu peito. 

Um choro incontrolável insiste em se derramar. E choro. Vai passar. Tento me convencer de que foi a melhor escolha. Será?  Não dá pra dizer agora. 

Neste momento milhões de dúvidas me atacam. Dói. Essa é a única certeza de hoje. Amanhã talvez eu sofra mais e assim os dias vão passando. 

X., vai passar. Preciso acreditar. 

'Disfarça e chora
Todo o pranto tem hora
E eu vejo seu pranto cair
No momento mais certo
Olhar, gostar só de longe
Não faz ninguém chegar perto
E o seu pranto oh! Triste senhora
Vai molhar o deserto
Disfarça e chora...'

Cartola, Disfarça e Chora

Saudade sem fim,

Luana


Tá combinado





Brasília, 12 de Fevereiro de 2014
(Para ler ao som da Gal. Ouça Tá combinado)


Como quem nada espera, novamente, aqui estou, sou e vou. Tenho mantido um ar de tristeza.  Talvez, decepção me defina melhor. Disse, repeti - e menti- dezenas de vezes sobre meu desinteresse amoroso. 


De fato, a princípio, eu nada queria. Cansada de tantas expectativas e palavras mentirosas, o que eu mais desejei antes de te encontrar foi apenas um caso ao acaso, um conto, um haikai.  

Não sei como esse conto pode dar errado. Personagens superficiais, encontros banais,  fomos tão normais até. Tínhamos tudo para um conto perfeito. 

Sabíamos desde o início o interesse de ambos. Tudo sempre esteve muito claro, escancarado,  evidente. Ninguém enganou ninguém. Te disse pra seguir livre, mesmo querendo dizer o contrário.  Você me respeitou, X. Reconheço.

Acontece que eu estraguei cada frase desse pseudoconto. Desde o primeiro dia ao último. Enquanto seus olhos me devoravam naquela creperia, eu guardava milimetricamente cada traço teu. 

Simplesmente, fiz questão de decorar seu jeito, sua voz, a forma como me olhava, um tanto incomodado com meu silêncio depois do amor. Amor? Não... só maneira de dizer. Eu só ficava muda porque estava em choque.  

Agora você me entende? Eu não podia estar me apaixonando por você! E só me dei conta disso quando percebi que nada, absolutamente, nada em você me incomodava.  

Me perdi entre tantas palavras, rimas, quartetos e tercetos de um soneto que fiz só pra você. Há tempos não escrevia, X... Você foi além do desejo, você mexeu comigo e bagunçou minhas palavras.  

Não te peço nada, não espero que nada aconteça. Minhas palavras agora são tristes,  mas não importa. Melancolia já faz parte de mim. Saiba que você ainda me inspira. 

Desejo boas notícias! 

Ps.: É uma pena, mas o amor só chegou pra mim. 


'Então tá tudo dito e é tão bonito
E eu acredito num claro futuro
De música, ternura e aventura
Pro equilibrista em cima do muro...' 
Tá Combinado, Gal Costa.

Meus beijos,

Luana 



Desejo boas notícias





Brasília, 30 de Outubro de 2013
(Ouça Mais Ninguém- Banda do Mar)

'Preciso me ver só
Pra me fazer maior
Pois quando você vem
Eu fico melhor...'

Desejo boas notícias, X.  Nada mais sei sobre você, muito menos sobre sua falta de crença no amor. Talvez esteja vivendo só, como você tanto gosta e faz questão de dizer como é bom viver sozinho.  

Desejo que a palavra superficialidade seja banida do seu vocabulário, da sua vida. Experimente sentir profundo, gostar inteiro,  desejar intensamente. Tente viver o que você de fato é.  

Viva o que quiser, sinta inteiro qualquer sentimento, sinta por qualquer pessoa. Não pense na reação alheia, os outros vão sempre criticar mesmo, X. Então, assuma o que você é. 

É difícil, mas tente.

A vida é só uma e passa tão rápido. Clichê, eu sei, mas é verdade. Aprenda a dizer não e coloque pontos finais nas suas relações. Escute, ouça mais. Se não souber responder, fique mudo, mantenha-se em silêncio. 

X., por favor, não diga nada. Só não seja monossilábico. Isso incomoda e de certa forma parece até descaso e falta de interesse.

Ah, só mais uma coisa. Quando você for sair com alguém, deixe a preguiça trancada ou então, coloque- a no bolso e jamais deixe- a à mostra...

X., você faz falta demais.



Com o amor de sempre, 

Luana

sábado, 25 de outubro de 2014

Nada mudou



Brasília, 25 de Outubro de 2013
(Acho que você não curte, mas ouça Marcelo Camelo. A música é Janta.) 


Ei,X.! Nada está no lugar. A vontade existe,  é verdade. Mas a ausência de profundidades me entorpeceu. Aprendi a receber pouco, a exigir quase nada, a querer sempre menos. 

Às vezes não me reconheço da maneira como estou neste exato momento. Sinto minha essência se perdendo aos poucos. Não acho legal. 

Tenho me acostumado com a saudade sufocada.  Viciei nessa coisa de solidão. E por ficar tão só, já não sei se te quero de fato aqui perto. Acho que a gente só de dá bem assim de longe...


Ps.: Escrevi essa carta há um ano e nada mudou. Então, não vou escrever nada hoje. Tudo ainda é muito válido!


Um cafuné bem gostoso, 
Luana

Onde está você?





Brasília, 01 de Outubro de 2013 
(Dá vontade de dançar, mas ouça Onde está Você?, na voz da Mariana Aydar.)


Oi, X., você está bem? O frio sempre me lembra você. Outubro chegou chuvoso. Trouxe melancolia pro meu dia. Deixou minha saudade nublada, cinza, sem graça, como deve ser. E não te esqueço.


Acordo como quem não dormiu. Permaneço em silêncio. Não ouso falar, insinuar ou mesmo escancarar de vez essa falta absurda que você provoca.

X., já não consigo chorar. Sigo anestesiada e imune a qualquer sofrimento que me machuque o coração. Sinto e sei que é bom. Desfruto esse bem querer.

Você aparece sempre quando mais preciso. Por mais que eu queira muito mais, gosto e me faz feliz saber que você ainda pensa em mim.

X., não me esqueça!


Sempre querendo te ver,

Luana

É o que você faz





Brasília, 18 de Setembro de 2013
(Esse poema pede Luxúria, Isabella Taviani. Ouça!)

X., a carta de hoje é em forma de poema. Só pra mudar um pouquinho... 



Me arrasta, corta, arranha,  cospe, lambe, me come! 


Esfrega, esquenta, amassa, rasga, chupa e me consome. 

Tumultua, vasculha, invade, explode, sacode e faz folia em mim.

Bagunça, vandaliza, picha,  arranca,  me desmonta inteira! 

Descarrega, entrega, se nega, me larga na estrada.

Se omite, some, foge, se esconde e me deixa abandonada. 

Não finjo!

Digo e repito : quero você mesmo assim.


Meus melhores beijos,

sua delícia.


Quem entende?




Brasília, 18 de Setembro de 2013 
(Você pode ouvir Céu Azul, do Chalie Brown Jr.?)



X., a noite segue fria. Tento te encontrar. A busca é inútil. Me perco dentro de você. Vejo teu rosto numa foto, barba por fazer e sigo com uma certa melancolia de coisas que poderiam ser.

Nada vai, nada é e sabe lá o que seremos um dia. Guardo teu rosto no melhor lugar da minha memória. 

X., por você, cultivo um sentimento leve.

Gosto do que sinto. Só não acho bom quando você some. Não precisa retribuir com absolutamente nada. Me acompanhe, apenas. Você consegue, X.?

Nem precisa dizer o que pensa. Pode ficar mudo ao meu lado. Também aprecio silêncios. 

Não me entenda, assim como eu nunca vou conseguir compreender seus mistérios. 

Não suma de mim,

Luana

Eu disse não



Brasília, 17 de Setembro de 2013
(Assinado Eu, da Tiê. Ouça!)


Talvez eu não queira um namorado, daqueles sérios com hora marcada e o peso de um compromisso constante. Quero alguém pra suspirar antes de dormir. 

Quero ter em quem pensar todo dia de manhã,  acordar motivada e saber que do outro lado da cidade existe uma pessoa que também pensa em mim. Não por imposição, mas por vontade própria. 

Alguém que goste da minha companhia e sempre na hora de ir embora queira ficar um pouco mais. Não procuro complemento, até porque (às vezes) me sinto completa. 

Quero alguém que me faça ser melhor, alguém que acrescente. E, claro, acho que também tenho algo a acrescentar a esse alguém. 

Quero alguém que seja motivo e também balde com água fria. Sim, que seja o motivo da minha busca em ser melhor e mais feliz e um balde de água fria pras minhas ideias negativas que só me fazem involuir. 

Quero ter em quem pensar quando eu viajar pra longe. Quero um ânimo pra voltar e saber que alguém me espera ansioso. E quando eu pensar em largar tudo eu diga: 'porra! Tem fulano... não vou fazer isso'. 

Quero alguém que sinta orgulho de eu ser quem sou. Quero alguém que brigue comigo e diga como estou sendo imatura. Alguém que me surpreenda numa terça-feira qualquer, sem data especial. 

Não precisa me mandar flores, mas que lembre de mim ao passar perto de uma livraria e pense: será que ela já leu esse? Não precisa comprar não... só lembrar mesmo. Quero alguém que lembre de mim quando até eu já esqueci quem sou.



'E te peço, me perdoa,
Me desculpa que eu não fui sua namorada,

Pois fiquei atordoada de amor
Faltou o ar,
Faltou o ar.' 
- Tiê - Assinado Eu



Sempre eu,

Luana





Qualquer coisa pra dividir


Brasília, 23 de Outubro de 2014.
(Relicário na voz da Cássia cairia super bem.)


Tá bem, X.? Não sei se você notou, mas tinha deixado de te seguir no instagram (agora a gente mede o interesse de alguém pelas curtidas, mensagens respondidas ou até mesmo mensagens visualizadas e não respondidas). Não tava me fazendo bem te ver com outra.

Pode parecer bobagem minha, mas fiquei com algumas fotos gravadas na memória e não conseguia pensar em outra coisa. Você dois se beijando... ai, que facada no coração!

Sabe aquele dia na tua casa? Então, broxei (nunca sei se o certo é com x ou ch). Só conseguia pensar na tal foto do beijo. Poxa, não era pra ser assim... eu tava com tanta saudade, tanta vontade, tanto tesão e broxei. Não conseguia me concentrar em nada.

Que decepção! Fiquei muito triste.

Foi bom dormir com você, não tenha dúvida. Mas poderia ter sido tão melhor. O dia amanheceu e eu só pensava no meu tempo com você. Tic-tac! Minhas horas com você estavam acabando.

Eu só queria mais algumas horas ao seu lado. É bom ter você. Sabe, X., te quero pra nada. Sabe fazer nada? Então, ficaria muito feliz em dividir nada com você. Estar contigo simplesmente, ver o tempo passar, ligar a TV, deitar no sofá... X., divide nada comigo? 

Mas o que me mata é nunca saber quando vamos nos ver de novo. Saiba: ainda quero te encontrar.


PS.: Talvez eu tenha perdido o tesão, acontece. Mas ainda gosto demais de você. Te quero sempre. Puxe assunto comigo, assim, às vezes, como quem não quer nada. Eu  gosto!

Mande notícias! 




'Corre a lua porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical

O horizonte anuncia com o seu vitral

Que eu trocaria a eternidade por esta noite' 
- Relicário - Cássia Eller



Um cheiro, 

Luana


Confesso



Brasília, 22 de Outubro de 2014
(Seria educado ler ao som da música Confesso-Ana Carolina)

Pensei muito em você hoje. É quarta-feira e agora passa futebol na TV. Você não gosta, eu também não. Hoje a quarta foi cinza, X. E pra piorar, estou doente. Dizendo o médico que é sinusite aguda. Descobriu isso apertando meu rosto. Vai saber...

X., o que você faz agora? Bom, eu tomo um chá de hortelã. Chove pouco lá fora. As poucas gotas de chuva me trazem sua imagem. Você gosta desse tempo frio, e eu também gosto, X.

Caetano está aqui assistindo um filme sobre vida animal. Só assim pra ele ficar quieto. E o Cauê, como está? Sinto sua falta, X.

Minha vontade era de ficar com você. Ficar continuamente, sem interrupções. Agora, por exemplo, te faria companhia. E falo de desfrutar da presença do outro, não precisaria fechar a noite com sexo, sabe? Aquela velha obrigação de ter o desempenho excelente.

Falo de dormir abraçados, ficar junto assim sem compromisso. Se bem que com esse calor não sei se seria muito legal ficarmos grudados...rs 

X., o que você tem feito? Está namorando? Se a resposta for sim, não me conta. Desfaleço só de pensar na possibilidade. Coisas do coração... enfim. Não sei como reagiria se te encontrasse com outra pessoa. 

Ainda te quero,X. Você bem sabe.

Sabe, X., tenho tentado te tirar um pouco da minha vida. Tentado esquecer esses pequenos detalhes que insisto em guardar. 'Eu não te dou sossego. Eu não me deixo em paz...', como diz Ana Carolina na Canção. 

Beijos meus, Major


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Quando amanhece




Brasília, 17 de Setembro de 2014 
(Para ler ao som de Dia a dia, lado a lado - Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci)

     Eu contei cada minuto até a luz sol invadir o banheiro. Você pensa que dormi pesado, mas escutei cada ronco seu. Beijei suas costas numa tentativa, sem sucesso, de dizer: fica comigo, porra! Te fiz cafuné e deixei minha mão sob teu peito. Ai, meu Deus... como queria estar dentro do seu coração. Como eu desejei estar entrelaçada naqueles batimentos. 
     Você pegou no sono e continuei a beijar suas costas com as pontas dos meus seios... Eu passaria dias abraçada com você. Como eu desejei que a noite fosse eterna! 
    Da cama gigante, não saí do lado direito, do seu lado... cheguei a cochilar lá pelas 03h da madrugada. Sonhei contigo... que loucura!  O homem dos meus sonhos ali,  todo meu... que sonho!  Sim,  você que mora dentro de mim, que tem terreno fixo no meu coração,  ali comigo até amanhecer. 
     A barba bem marcada, os olhos mansos, o cabelo alinhado... o cheiro que sinto falta, o homem que tanto quero comigo. Mais uma vez comigo. 
     Os raios solares ficaram mais fortes, você chegou mais perto, me abraçou forte e beijou minhas costas. Você não disse nada, mas eu já esperava e sabia. Era hora de ir.                    
              Sempre com saudade, 
                                 eu. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Dia feliz





Brasília, 21 de Setembro de 2014
(Ouça O meu amor, do meu outro amor Chico Buarque)


     Acho uma delícia quando você me acorda com beijos nas costas... Te olho e gosto do que vejo. Como é bom começar o dia dividindo a mesma cama com você.  
   Compartilhamos o lençol, a toalha, o banheiro... e às vezes até a mesma escova de dentes! 
     Te deixei morar em mim... E me sinto absolutamente feliz quando você me abraça forte. Adoro descansar minhas pernas entre as suas pernas... amo seu cheiro! Gosto de você de qualquer jeito. Até com essa cara amassada logo de manhã. 


'O meu amor tem um jeito manso que é só seu

Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita' - O meu amor - Chico Buarque
                                 
                               Beijos meus