sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Quando amanhece




Brasília, 17 de Setembro de 2014 
(Para ler ao som de Dia a dia, lado a lado - Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci)

     Eu contei cada minuto até a luz sol invadir o banheiro. Você pensa que dormi pesado, mas escutei cada ronco seu. Beijei suas costas numa tentativa, sem sucesso, de dizer: fica comigo, porra! Te fiz cafuné e deixei minha mão sob teu peito. Ai, meu Deus... como queria estar dentro do seu coração. Como eu desejei estar entrelaçada naqueles batimentos. 
     Você pegou no sono e continuei a beijar suas costas com as pontas dos meus seios... Eu passaria dias abraçada com você. Como eu desejei que a noite fosse eterna! 
    Da cama gigante, não saí do lado direito, do seu lado... cheguei a cochilar lá pelas 03h da madrugada. Sonhei contigo... que loucura!  O homem dos meus sonhos ali,  todo meu... que sonho!  Sim,  você que mora dentro de mim, que tem terreno fixo no meu coração,  ali comigo até amanhecer. 
     A barba bem marcada, os olhos mansos, o cabelo alinhado... o cheiro que sinto falta, o homem que tanto quero comigo. Mais uma vez comigo. 
     Os raios solares ficaram mais fortes, você chegou mais perto, me abraçou forte e beijou minhas costas. Você não disse nada, mas eu já esperava e sabia. Era hora de ir.                    
              Sempre com saudade, 
                                 eu. 

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